Ufsb
Data:16 de julho de 2019
Discentes: Valdir Alves ,Francie silva
A atuação e exercício de poder do estado
Partindo das ideias basilares passadas pelos dois filmes, fica perceptível que a crítica
gerada pelos dois filmes é atual e rotineira sendo que a maneira que a qual a
mensagem é passada até chegar ao público sem ruído algum e deixa uma lacuna a
qual podemos colocar diversos pontos de vistas atuais, mostrando que uma crítica
social passada em um filme que expõe muitos dos problemas sociais do século xx,
onde mostra toda a criação de uma comunidade, e nela podemos perceber a
passagem da cidade de deus de três gerações, e mostrando todos os problemas
sociais que existem naquela sociedade explanando o quanto o estado usa o pretexto
de realocar para afastar aquela massa de pessoas que viviam nos grande centro do
rio de janeiro. Analisando profundamente o filme cidade de deus mostra todo contexto social de um
grupo indivíduos que foram colocados a margem da sociedade devido uma serie de
acontecimentos, desde desabamentos, incêndios criminosos entre outras coisas isso
tudo acabou fazendo com que as pessoas ficassem longe dos grandes centros,
trazendo uma falsa sensação de conforto para uma parcela da sociedade que
ansiavam para que essas pessoas fossem realocadas em outros lugares, pois o
mundo estava mudando e ninguém da “burguesia” queria que os “pobres” habitassem
ou circulassem próximo de seus luxuosos condomínios, e nesse momento venceu a
minoria com melhores condições financeiras.
Essa separação acabou fazendo com que se formasse uma comunidade repleta de
problemas sociais aos quais hoje vivemos, mas naquela época as coisas pareciam
ser piores, devido a distância e a discriminação de ser morador da cidade de deus.
Mostrando um quadro acontecido em um momento da história onde na França a
burguesia e a nobreza incomodada com o crescimento populacional rechaça as
pessoas para outros lugares como citado no livro “A microfísica do poder” de
FOUCAULT
E caminhando para o filme tropa de elite 2 que acontece no Rio de Janeiro do século
xxi onde o estado com todo o seu aparato tecnológico e poder bélico acaba com a
facção que comandava determinada localidade, mas se vê em uma briga com o poder
paralelo (milícia) onde ele perdeu, e procura meio de solucionar a problemática que
está acontecendo naquele momento da história e nesse contexto o mesmo aplicar
sua força e nos mostrando que ‘’O homem é o lobo do homem” e mostrando que
mesmo vivendo em sociedade e sendo condicionado a seguir uma série de regras o
homem ainda é capaz de atacar seu igual afim de obter privilegio e ganho sobre o
mesmo.
É possível notar o quanto o estado foi falho nas políticas públicas as quais o mesmo
deveria dar mais atenção, pois quando o tráfico foi erradicado do morro e o governo
não interviu para manter a segurança nem aplicou formas de lazer e educação, ele (o
governo) acabou abrindo um leque para o crime organizado fazendo com que a
situação fosse perpetuada durante anos, chegando ao ponto em que as milícias eram
vistas como salvadores da pátria, fazendo por vezes o papel do estado e funcionando
como algumas organizações ”onde no começo não te exigem nada, mas uma vez lá
dentro você acaba tendo que seguir uma série de normas e dogmas” política de João
Ubaldo, isso tudo só vem a reforça a máxima onde tudo que começa errado vai
termina errado, quiçá um dia isso possa mudar, seria benefício importante para a
autonomia dessas comunidades. No final de tudo seriamos tolos se pensássemos em
mudança, pois essas milícias acabam fazendo o papel do estado nas mais diferentes
áreas e mostrando o quanto o estado é falho, fazendo com que passamos a admirar
o anti herói como acontece no filme Macunaíma. Nos dois períodos de tempo dos dois filmes é mostrado que apesar da diferença de
anos o estado ainda tem problemas para manter o mínimo de dignidade ao seu
nacional, e acaba abrindo espaço para que esses “sindicatos do crime” acabem a
cada dia mais se apropriando do estado e criando estado dentro de outro estado.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
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